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Conforme previsto nas semanas anteriores, uma frente fria atingiu as regiões produtoras de café do Brasil nos dias 11 e 12 de agosto, trazendo geadas localizadas e temperaturas abaixo de zero em alguns pontos.
Após uma avaliação detalhada, constatou-se que Sul de Minas, Vale da Grama e Mogiana foram levemente afetadas, com geadas principalmente em áreas de baixa altitude – veja a Figura 1.
A região do Cerrado Mineiro foi a mais afetada, a mesma área que sofreu graves danos causados pela geada em julho de 2021, mas o evento deste ano foi significativamente menos intenso.
Os municípios afetados: Patrocínio, Araxá, Perdizes, Araguari, Ibia, entre outros, registraram baixas temperaturas durante as primeiras horas dos dias 11 e 12 de agosto, com algumas áreas caindo abaixo de 0 °C.
11 de agosto: Os danos concentraram-se na parte superior das árvores, particularmente nas áreas mais baixas, causando perdas parciais – ver Imagem 2.
12 de agosto: Ventos mais fortes ampliaram o alcance da geada, afetando toda a árvore em alguns locais – veja a imagem 3.
Algumas plantações estão se aproximando da fase de florada, o que gera preocupações quanto a danos às árvores mais jovens. Também há receio de que os impactos na copa superior possam afetar o potencial da próxima colheita, especialmente em áreas próximas à floração — veja a Figura 4.
Apesar da geada, o evento teve abrangência limitada em comparação com a área total de arábica brasileira, e o potencial para uma safra forte em 2026 permanece intacto.
Com a colheita já acima de 80%, a atenção agora volta-se para a conclusão da colheita, e nas próximas semanas novos dados devem consolidar as perspectivas para a safra de café do Brasil em 2025/26.